terça-feira, 19 de março de 2013

Elogio do revolucionário (poema de Bertold Brecht)



Quando aumenta a repressão, muitos desanimam.
Mas a coragem dele aumenta.
Organiza sua luta pelo salário, pelo pão
e pela conquista do poder.

Interroga a propriedade.
de onde vens?
Pergunta cada idéia:
Serves a quem?

Ali onde todos calam, ele fala.
E onde reina a opressão e se acusa o destino
ele cita nomes.

À mesa onde ele senta
se senta a insatisfação
a comida sabe mal e a sala se torna estreita.

Aonde vai há revolta
e de onde o expulsam
persiste a agitação.

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